sexta-feira, 12 de julho de 2013

Jardim das flores

Quando a madrugada caiu Júlia apressou os passos, queria chegar ao jardim das flores. Nunca tinha conseguido das flores a essência, por isso quis aproveitar a garoa com o silêncio das três horas da madrugada.

Júlia era uma menina, a idade não lembro, mas já tinha mais de dezoito anos. Lia poemas e gostava de música instrumental. Tinha no olhar o jeito mais sedutor que possamos imaginar. E foi por isso que eu não resisti aos seus encantos e magia que só o olhar de uma mulher pode transmitir.

Mas o que ela queria mesmo era sentir a essência das flores. E por um instante juntos, disse ela, descobri que das flores o que importa mesmo é o beijo, já que é possível sentir o abraço da alma.

Adenildo Lima

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