terça-feira, 23 de julho de 2013

Pedras e flores

Vejo o seu olhar no espelho. E ele se parece muito com o meu. E você também dirá que esses olhos no espelho são seus. Penetrante como a própria vida, o semblante busca forças para caminhar. Por um deslize um sorriso mistura-se com uma lágrima que cai pela face fanada. E parece que nada naquele momento tem ou faz sentido. Sim! O olhar envergonha-se do próprio olhar procurando um pouco de sensibilidade humana que, muitas vezes, encontrada no silêncio de uma pedra.

O corpo sente-se cansado, abalado, emergido do próprio eu. E tudo o que aquele olhar quer em seus momentos ensejantes, é amor. E ama! Mas ao olhar no espelho enxerga a desilusão perdida em uma esquina no olhar de uma menina ou de um menino, pois já não se sabe quem é, porque poucas vezes conseguimos adentrar o outro; a sua realidade, que não deixa também de ser nossa.

E tudo o que o olhar procura e busca é amor. Mas os motores das máquinas são fortes e aos poucos tomam lugar das batidas de um coração...

adenildo lima

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